segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Alongue-se!




Este texto foi escrito há quase um ano, e postado em minha antiga morada.

O diabo é que ainda é atual!

Tá certo, que todas estas dores que sinto pelo corpo - doem os braços, doem as pernas, doem os ombros... doi até a camisa! - (tudo, conseqüência DIRETA da FALTA de alongamentos) fazem o assunto um tanto mais, digamos, vívido para mim, mas realmente acredito que posso estar causando algum bem em publicá-lo por aqui, então, lá vai!

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A(i)longue-se!


Todos estes anos de "evolução" da humanidade, com o advento da sociedade, e o ambiente cultural substituindo - de forma nem tão gradativa assim - o ambiente natural, aliviaram do bicho homem a pressão seletiva da natureza.

O ambiente controlado, onde não é necessário caçar, fugir de predadores, resistir às intempéries e mesmo colher frutos em locais de difícil acesso, retirou da espécie, mais que os pêlos e o condicionamento físico: diminuiu também a percepção física do mundo, pois se antes o homem tocava e era tocado pelo mundo com o corpo, hoje, ele usa de um "sentido" muito menos eficaz: o intelecto.

Mas a proposta aqui não é criticar a evolução humana (estaria filosofando à toa...), e sim convidar para uma pratica simples, que leva a ótimos resultados: o alongamento.

Esta atividade que pode ser feita em praticamente qualquer hora e lugar, além de bons resultados físicos, traz também a tonificação da mente.

Não há movimentos obrigatórios, sendo interessante (e divertido) criar seu próprio repertório, escolhendo os tipos de exercício e sua respectiva duração. (Lembrando é claro, que bom senso faz bem a pele...).







Uma boa pedida é trocar a posição largadona (prometo que voltaremos a ela mais tarde) que costumamos adotar para assistir televisão, por uma mais interessante, por exemplo, sentando sobre os pés, ou quem sabe, brincando de dobrar os joelhos junto ao peito, para em seguida esticar as pernas.






Não se apresse em assinar o atestado de velhice, invalidez ou obesidade, alegando falta de tempo ou local para praticar:
Uma viagem de ônibus, um sinal fechado para quem dirige, ou mesmo uma fila de banco, são um tempinho interessante de aproveitar.
O espaço é pouco? Bem, usando de criatividade, é fácil - e gostoso - descobrir movimentos que não atrapalhem as pessoas à volta.

Sem mencionar que tal pratica ajudara a recuperar um pouquinho da tal percepção física perdida.

Os movimentos, se CORRETAMENTE praticados, levam a uma dorzínha, que se associada à superação, facilmente, vira prazer.





Agora, se com a pratica você acabar descobrindo uma coisinha diferente, como uma energia quase elétrica circulando pelo corpo e estimulando não só os movimentos, mas também seu bem-estar, então procure aprender mais sobre palavras como dança, yoga, shiatsu, reiki, aikido.

É bem provável que você descubra uma nova forma de alegria, um novo caminho para se expressar.

Enfim, "gaste" este tempinho agradando seu corpo, pois é inquestionável que ele lhe retribuirá.

E se depois de alongar, você quiser voltar para a posição largadona no sofá (promessa cumprida!), então o fará sem o menor sentimento de culpa, e com certeza, com o dobro de satisfação.


(Cena do espetáculo "Alegria", do Cirque du Soleil, que chega no fim de maio à Porto Alegre)






Luz, força e alguma dorzínha, para todos!






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(Este texto NÃO foi publicado nas revistas "boa forma", "vida e saúde" e outras do gênero, entre outros motivos, porque não foi enviado para nenhuma delas!)

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